Eu não sei de você, mas adoro quando alguma obra (música, série, filme, livro) dá um tapa na cara da sociedade com críticas inteligentes e divertidas.
Me apaixonei por este estilo quando li O Guia do Mochileiro das Galáxias…
O post de hoje é para você, que assim como eu, curte esse tipo de narrativa. É um prazer apresentar: The Good Place.
A série The Good Place
Lançada em 2016 pela rede de TV norte-americana NBC, The Good Place (O Lugar Bom) narra a história de Eleanor Shellstrop – uma mulher comum que, na “vida após a morte” é levada para o “lugar bom”. MAS, ela é enviada para lá por engano, pois o lugar dela era, definitivamente, no “lugar ruim”.

A jornada de Eleanor é, basicamente, descobrir como ela pode ficar no lugar bom: o que fazer, o que dizer, como agir, como ser uma pessoa boa.
Comecei a assistir à série totalmente sem expectativas, por indicação do meu amigo Rafa2. E que agradável surpresa…
Diálogos leves, divertidos e com o toque certo de humor ácido (como eu gosto). Cenários bem coloridos, atores sensacionais, episódios curtos (22 minutos cada) e aquele “gostinho de quero mais” a cada cena, a cada plot twist.
Ah! Temos também o melhor arquiteto do universo, chamado Michael (isso mesmo, nome de anjo… que coisa não!? Rsrsrs…) e a Janet (simplesmente a melhor “alguma coisa” do universo – entendedores entenderão).
Resumindo: é uma delicinha de assistir!
Mais informações, é só clicar aqui.
As críticas escancaradas de The Good Place
O que é mais incrível na série, são as críticas à nossa sociedade, ao nosso modo de vida e ao que acreditamos ser certo ou errado.
Temos clichês escancarados, como a obrigatoriedade da diversidade cultural nas obras (outros filmes já debocharam disso, falando da “cota” necessária de outras etnias). Aqui, os quatro personagens principais se dividem em: uma caucasiana loira medíocre, um afro descendente direto de Senegal super inteligente, uma indiana maravilhosa (estilo Bollywood) criada em Londres e um asiático (SPOILER: nascido nos EUA cujo sonho é ser um DJ famoso).
Fala sério, só aí já é um tapa na sua face! Rsrsrsrs…
Passemos para o próximo tópico: as interações entre seres humanos.
Interagimos com o outro por interesse. Simples assim.
CLARO que não é todo mundo. Mas lembre-se que estamos falando de críticas à sociedade.
Temos também o fato indecisão: hoje, são tantas as opções e informações que nos são apresentadas que ficamos no limbo, perdidos, sem atitude, sem escolher, dependendo de terceiros para isso.
Outra crítica fantástica é sobre as pontuações de ações boas e ruins na terra. São pontuações, notas que definem se você vai para o lugar bom ou o lugar ruim. Isso é um ataque direto ao modelo educacional da maior parte das escolas no mundo (ouso dizer).
Trago também aqui o uso ilimitado dos palavrões (me inclui nessa, rsrsrsrs…), o estereótipo de beleza e de bondade, a casa ideal, o status desejado, a malandragem, a reputação, a promoção no trabalho, a inovação (tão exigida hoje no meio corporativo) e por aí vai…
Enfim, é muita crítica direta e, óbvio, subliminar ali. Pensa em como nossa sociedade é hipócrita… tem MUITA matéria prima ainda para os roteiristas.
Se essa é a sua praia, tire um tempinho e assista. Acredito, de verdade, que não irá se arrepender. As duas primeiras temporadas completas estão disponíveis na Netflix e a 3ª está em andamento, sendo lançado um episódio por semana na Netflix e a NBC.
Trailer
Imagens: Reprodução/Google
Trailer: Youtube
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